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Comissão para os Textos Litúrgicos da CNBB recebe versão impressa do novo Missal Romano

A Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu, na Quarta-feira de Cinzas, 26 de fevereiro, a primeira versão impressa da tradução brasileira da Terceira Edição do Missal Romano. Após 13 anos de trabalho, o material agora segue para uma revisão final com especialistas, aprovação na 58ª Assembleia Geral da CNBB – no próximo mês de abril – seguindo para a autorização de publicação pela Santa Sé. Vão receber o material para revisão os bispos da Comissão, assessores que trabalharam durante o período da tradução, além de especialistas em áreas específicas como Doutrina da Fé indicados pelos bispos. “Nosso objetivo agora é, já com o material em mãos, ter de fato o contato com ele: folhear, ver as orações, a impressão, ver o que pode ser melhorado, corrigido. É uma nova fase para a publicação do Missal Romano que já vem de um caminho muito longo”, afirma o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB e também da Cetel, padre Leonardo José Pinheiro. Serão observadas a diagramação do material, a “proclamabilidade” e outros aspectos litúrgicos. Padre Leonardo explica que este cuidado minucioso deve-se ao fato de que o texto não será utilizado em uma leitura silenciosa, “mas é um texto que é para ser proclamado, ser rezado, e por isso, a sua disposição, na sua impressão, nas páginas, até mesmo a divisão das páginas, tudo isso precisa ser levado em conta”. Recepção da Igreja O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado afirmou que a Igreja no Brasil recebe “com muita alegria e com muita esperança” a versão impressa da Terceira Edição do Missal Romano e que, “embora a Liturgia seja sempre a celebração do mistério de Cristo, as culturas, as mentalidades, a linguagem vão mudando. Nós temos que caminhar com elas”. “Nossa fé precisa, entre outras coisas, ser celebrada. E ser celebrada dignamente. E os livros litúrgicos, dentre os quais o missal sem dúvida alguma se destaca, são de importância fundamental para isso. Houve uma preocupação muito grande da Cetel de adaptar traduções, adaptar formas para que o texto se torne mais ‘proclamável’, de modo que, ouvindo o texto, se possa rezar. E que o texto possa ser acessível ao conjunto do Brasil numa proximidade, dentro daquilo que é possível, com outras traduções de países de Língua Portuguesa. É de uma alegria e de uma esperança muito grande“, disse dom Joel. Próximos passos A próxima Assembleia Geral da CNBB, no próximo mês de abril, deverá apreciar o texto traduzido em sua totalidade e encaminhar a aprovação. É depois disso que o texto segue para as instâncias da Igreja em Roma, quando a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos deverá autorizar a publicação. Somente aí que o novo missal estará disponível para as comunidades brasileiras. “Para a próxima Assembleia, além dessa aprovação global, existem algumas partes das orações eucarísticas que serão apresentadas ao episcopado brasileiro para que avaliem e façam suas considerações, consequentemente a aprovação para ser encaminhado a Roma”, explicou padre Leonardo.

As figuras que não podem faltar no presépio

Se você tiver que fazer uma escolha, por razões financeiras ou estéticas, entre a multidão de figuras a serem incluídas no seu presépio, deixe suas decisões serem guiadas pela Bíblia.Que melhor guia do que os Evangelhos para nos ajudar a representar melhor o nascimento do Menino Jesus? Quando confiamos nas Escrituras, apenas cerca de 10 personagens estão presentes no cenário da Natividade. Os textos de São Lucas e São Mateus, os dois evangelistas que contam a história do nascimento de Jesus em Belém, falam sobre os principais personagens que estiveram envolvidos neste acontecimento? A SAGRADA FAMÍLIA “Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura.” (Lucas 2,16) Maria e José, cuja rendição total à vontade de Deus permitiu que Cristo viesse ao mundo, são os personagens centrais da Natividade. Quanto a Jesus, para quem todos os olhos convergem, Ele é o futuro rei do universo. Às vezes, surge um debate: o menino Jesus deveria estar fora do presépio até a véspera de Natal? Ou podemos colocá-lo na manjedoura no primeiro domingo do advento? É aconselhável colocá-lo na noite de Natal. Mas cada família pode seguir suas próprias tradições. O ANJO DO SENHOR “Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. 10.O anjo disse-lhes: “Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo.”  (Lucas 2, 9-10) O anjo não está lá para “parecer bonito” acima da manjedoura. Enviado por Deus, o anjo alerta os pastores do nascimento de Cristo no relato de São Lucas (capítulo 2). O anjo, portanto, tem um lugar especial no presépio. OS PASTORES “E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2,7) Os pastores são os primeiros a serem informados do nascimento de Jesus e os primeiros a vir a adorá-lo. É por isso que as ovelhas também têm seu lugar no presépio! Um pastor e duas ovelhas são suficientes para representar os rebanhos. OS MAGOS “Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2,11) Os Magos, que se acredita serem estudiosos persas, aparecem apenas no Evangelho de Mateus (capítulo 2). Seus nomes – Gaspar, Melchior e Balthazar – foram dados apenas a eles no século VI. Eles ficam um pouco mais afastados da manjedoura para indicar que estão a caminho. A chegada deles na frente do Menino Jesus acontece em 6 de janeiro, o dia da Epifania. O BURRO E O BOI Quer os amantes das cenas da Natividade gostem ou não, burros e bois não são mencionados nas histórias bíblicas da Natividade. Portanto, não os consideramos indispensáveis. A tradição popular foi realmente extraída de um evangelho apócrifo chamado “Pseudo-Mateus”, onde está escrito que “dois dias após o nascimento do Senhor, Maria deixou a caverna, entrou em um estábulo e colocou a Criança em uma manjedoura, e o boi e o burro, dobrando os joelhos, O adoravam.” Os primeiros escritores cristãos também associaram a presença desses animais com uma passagem de Isaías (capítulo 1, versículo 3), lida como uma referência ao Messias: “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono”. Aleteia