Arthur Dantas, Autor em Matriz Sant'Ana - Campanha Construindo um Sonho

Arthur Dantas

Celebrações presididas pelo Papa Francisco no Tempo do Natal

No domingo, 24 de dezembro, a Missa da noite de Natal será presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro às 19h30min locais. O Calendário das Celebrações Litúrgicas Pontifícias foi publicado esta terça-feira, 28 de novembro, pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Também este ano o Pontífice manterá, portanto, o horário antecipado que foi adotado em 2020, devido às restrições impostas pela Covid, depois confirmado também em 2021 e 2022. Urbi et Orbi No dia seguinte, segunda-feira, 25 de dezembro, Natal do Senhor, o Papa concederá a bênção Urbi et Orbi da sacada central da Basílica de São Pedro às 12 horas. No domingo, 31 de dezembro, às 17 horas, na Basílica Vaticana, o Santo Padre presidirá a celebração das Primeiras Vésperas e do Te Deum em ação de graças pelo ano transcorrido. Celebrações de janeiro Na segunda-feira, 1º de janeiro, que também é o LVII Dia Mundial da Paz, Francisco celebrará a Missa na Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, novamente na Basílica Vaticana, às 10h. Também na Basílica de São Pedro, no dia 6 de janeiro, celebrará a Missa na Solenidade da Epifania, às 10h. Por fim, no dia 7 de janeiro, o Pontífice presidirá, às 9h30, uma celebração na Capela Sistina na festa do Batismo do Senhor, durante a qual batizará algumas crianças. Fonte: Vatican News

Cantalamessa: pela fé, Maria esperou contra toda esperança

“Bem-aventurada aquela que acreditou”, esta passagem bíblica, do Evangelho segundo Lucas (1, 45), que será proclamada no Quarto Domingo do Advento, foi o fio condutor da Segunda Pregação para o Papa e os membros da Cúria Romana, conduzida pelo cardeal Raniero Cantalamessa, Ofm. Cap., Pregador da Casa Pontifícia, na manhã desta sexta-feira, 22 de dezembro, na Sala Paulo VI do Vaticano. Depois de ter apresentado, na sexta-feira passada, a figura do precursor João Batista, hoje o cardeal capuchinho convidou-nos a deixar-nos conduzir pela mão da Mãe de Jesus para “entrar” no mistério do Natal. Nesse sentido, a história da Anunciação, destacou o Pregador, nos lembra como Maria concebeu e deu à luz a Cristo e como nós também podemos concebê-lo e dar à luz a Ele: pela fé! O progresso da fé de Maria Antes de explicar o mistério da fé de Maria, o cardeal Cantalamessa disse que aconteceu com ela a mesma coisa que com a pessoa de Jesus, ou seja, a questão do progresso de Jesus em conhecer a vontade do Pai e obedecê-la: Algo de semelhante, eu dizia, se repetiu, tacitamente, para a fé de Maria. Dava-se por pressuposto que ela tivesse cumprido o seu ato de fé no momento da Anunciação e nele tivesse permanecido estável por toda a vida, como quem com a sua voz, alcançou de uma vez a nota mais aguda e a mantém interruptamente por todo o resto do canto. Dava-se uma explicação reconfortante de todas as palavras que pareciam dizer o contrário. Uma nova dimensão da fé de Maria Neste sentido, o Pregador disse que o dom que o Espírito Santo deu à Igreja, com a renovação da Mariologia, foi a descoberta de uma dimensão nova da fé de Maria. A Mãe de Deus – afirmou o Concílio Vaticano II – “avançou pelo caminho da fé” (LG 58). Não acreditou de uma vez por todas, mas caminhou na fé e progrediu nela. A afirmação foi retomada e tornada mais explícita por São João Paulo II na Encíclica Redemptoris Mater: As palavras de Isabel: “Bem-aventurada aquela que acreditou” não se aplicam apenas àquele momento particular da Anunciação. Esta representa, sem dúvida, o momento culminante da fé de Maria na expectação de Cristo, mas é também o ponto de partida, no qual se inicia todo o seu caminho para Deus, toda a sua caminhada de fé (RM 14). Maria acreditou, esperando contra a esperança Depois da Anunciação e do Natal, o cardeal Cantalamessa destacou que, pela fé, Maria apresentou o Menino ao templo, pela fé ela o seguiu, mantendo um perfil discreto, em sua vida pública, pela fé ela ficou sob a cruz, pela fé ela esperou por sua ressurreição. Está lá, impotente diante do martírio do filho, mas consente ao amor. É uma réplica do drama de Abraão, mas quão imensamente mais exigente! Com Abraão, Deus se detém no último momento, com ela não. Aceita que o filho seja imolado, o entrega ao Pai, com o coração dilacerado, mas de pé, forte pela sua fé inabalável. É aqui que a voz de Maria alcança a nota mais alta. De Maria, deve-se dizer com maior razão o que o Apóstolo diz de Abraão: esperando contra toda esperança, Maria acreditou e, assim, tornou-se mãe de muitos povos (Rm 4,18). Greccio 1223 O Natal deste ano, disse o cardeal Cantalamessa, recorre o VIII centenário da primeira realização do presépio em Greccio. É o primeiro dos três centenários franciscanos, o qual seguirão, em 2024, o dos Estigmas do santo e, em 2026, o da sua morte. O seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano, refere as palavras com que São Francisco de Assis explica a sua iniciativa:  “Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”. Abramos a porta de nosso coração para Jesus Infelizmente, continua o pregador da Casa Pontifícia, com o passar do tempo, o presépio se afastou daquilo que representava para Francisco. Tornou-se, frequentemente, uma forma de arte ou de espetáculo do qual se admira a montagem externa, mais do que o significado místico. Ainda assim, contudo, ele desempenha a sua função de sinal e seria tolo renunciar a ele. O presépio é, portanto, uma tradição útil e bela, mas não podemos nos contentar com os tradicionais presépios externos. Devemos montar para Jesus um presépio diverso, um presépio do coração. Corde creditur: crê-se com o coração. Christum habitare per fidem in cordibus vestris: que Cristo venha habitar em vossos corações pela fé (Ef 3,17). Maria e o seu Esposo continuam, misticamente, a bater às portas, como fizeram naquela noite em Belém. Não se trata de uma bela e poética ficção Por fim, disse o cardeal Cantalamessa, em nosso coração, de fato, há lugar para muitos hóspedes, mas apenas para um dono. Deixar Jesus nascer significa deixar morrer o próprio “eu”, ou ao menos renovar a decisão de não mais viver para nós mesmos, mas por Aquele que nasceu, morreu e ressuscitou por nós (cf. Rm 14,7-9). “Onde nasce Deus, morre o homem”, afirmou um certo existencialismo ateísta. É verdade! Morre, porém, o homem velho, corrompido e destinado, em todo caso, a terminar com a morte, e nasce o homem novo, “criado em justiça e santidade da verdade” (Ef 4,24). É uma empresa que não terminará com o Natal, mas pode começar com ele. Antes de desejar a todos um Feliz Natal, o Pregador da Casa Pontifícia enalteceu a Mãe de Deus, que “concebeu Cristo no seu coração antes que no seu corpo”, nos ajude a realizar este propósito. “Feliz aniversário a Jesus – e Feliz Natal a todos: Santo – e amado – Padre, Papa Francisco, venerados Padres, irmãos e irmãs”, concluiu Cantalamessa. Fonte: Vatican News

Confira como podem ser cumpridos os preceitos das festas de fim de ano

Com a aproximação do fim do ano, os fiéis católicos se preparam para participar das celebrações ligadas a este tempo, como o Natal, em 25 de dezembro, e Santa Maria, Mãe de Deus, em 1º de janeiro. Contudo, o ano de 2023 carrega uma particularidade na forma como cada um poderá participar da liturgia, por conta dos dias da semana. Membro do clero da diocese de Lorena (SP), o padre Rafael Beck lembra que, nos 10 mandamentos, a Igreja convida todos a guardarem os domingos e festas. Ele cita também o Código de Direito Canônico, que registra a obrigatoriedade do cumprimento de domingos e dias de festa no Cânon 1247. “Ou seja, além das missas dominicais, os católicos devem observar e santificar outras datas festivas e solenes, contempladas no calendário litúrgico, como o Natal do Senhor, por exemplo”, explica. O Código de Direito Canônico indica também, no Cânon 1248, que para cumprir o preceito, deve-se participar da celebração no dia festivo ou na tarde do dia anterior. Desta forma, as Missas celebradas a partir da tarde de sábado já contam com a liturgia do domingo, por exemplo, ampliando as possibilidades de participação dos fiéis. Da mesma maneira, as Solenidades como o Natal e Santa Maria, Mãe de Deus, podem ter suas vésperas celebradas no dia antecedente. Neste ano, contudo, há uma particularidade: ambas as Solenidades cairão em uma segunda-feira. Isso significa que a véspera do Natal e a véspera da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, serão celebradas no domingo. Mas, se o domingo tem o seu próprio preceito e sua própria liturgia, como os fiéis poderão conciliar todas as celebrações deste tempo? O padre Rafael Beck explica que as Missas a partir da tarde de sábado, 23, e na manhã de domingo, 24, serão do 4º domingo do Advento. Já as Missas a partir da tarde de domingo, 24 (antes ou depois das primeiras vésperas), e na segunda-feira, 25, serão do Natal do Senhor, com seus quatro formulários: Missa da Vigília, Missa da Noite (conhecida também como Missa do Galo), Missa da Aurora e Missa do Dia. “Os católicos, para cumprirem o preceito, que extrapola o sentido jurídico de obrigação, mas realmente possui um sentido espiritual profundo, devem participar de ao menos duas Missas: do 4º domingo do Advento e do Natal do Senhor”, afirma o sacerdote. Sendo assim, o fiel poderá, de acordo com suas possibilidades, combinar sua participação nas duas liturgias. É possível, por exemplo, participar de duas Missas no domingo, desde que sejam contempladas as duas liturgias; ou participar no sábado, 23, à noite da Missa ligada ao preceito do 4º domingo do Advento, e na segunda-feira, 25, da celebração relacionada ao preceito do Natal. “Embora o Natal seja uma data de encontros e reencontros com familiares e amigos, temos a possibilidade de viver tudo isso sem deixar de priorizar a reunião litúrgica na qual, enquanto comunidade cristã, proclamamos a primazia de Cristo em nossa existência”, exprime o padre Rafael Beck. Da mesma forma, na virada do ano, os fiéis precisarão conciliar os preceitos do domingo, 31 de dezembro – em que será celebrada a Festa da Sagrada Família –, e da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, celebrada na segunda-feira, 1º de janeiro. Sendo assim, o preceito dominical pode ser cumprido a partir da tarde de sábado, 30, e na manhã de domingo, 31, enquanto a participação na liturgia solene pode ser garantida a partir da tarde do domingo, 31, e na segunda-feira, 1º de janeiro. Confira, no infográfico a seguir, a distribuição das celebrações ao longo dos dias e horários: Fonte: CN Notícias

Papa: como Maria, acolher os grandes dons de Deus com admiração e simplicidade

Nesta sexta-feira (08/12), Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco voltou a rezar a oração mariana do Angelus da janela do Palácio Apostolico, após duas semanas em que, por recomendações médicas, a pronunciou na Capela da Casa Santa Marta. Aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice destacou duas atitudes da Virgem Maria que lhe permitiram ter um coração totalmente livre do pecado. Em primeiro lugar, a surpresa quando ouve ser chamada de “cheia de graça”: “É uma atitude importante esta: saber se maravilhar diante dos dons do Senhor, nunca os considerando como óbvios, apreciar o seu valor, alegrar-se pela confiança e ternura que trazem consigo.” O Papa sublinhou que “é também importante testemunhar esse maravilhamento diante dos outros, falando com humildade dos dons de Deus, do bem recebido, e não somente dos problemas cotidianos”. E convida os fiéis a uma reflexão: “Podemos nos perguntar: eu sei me maravilhar com as obras de Deus? Às vezes acontece comigo de ficar maravilhado com isso e de compartilhar com alguém?”  A fidelidade nas coisas simples Maria, enfatiza o Santo Padre, é uma “uma jovem, que precisamente graças à sua simplicidade conservou puro aquele Coração Imaculado com o qual, pela graça de Deus, foi concebida”: “Para acolher os grandes dons de Deus, é fundamental saber valorizar aqueles mais cotidianos e menos evidentes.” “Sim” a Deus Através da simplicidade, disse o Pontífice, a Virgem cultivou o imenso dom da sua Imaculada Conceição e acolheu as oportunidades de crescimento do seu tempo: a Palavra de Deus, a fé para a qual foi educada pelos pais, a generosidade e a prontidão com que se comportou. “Foi por meio da fidelidade quotidiana no bem que Nossa Senhora permitiu ao dom de Deus crescer nela; foi assim que ela se preparou para responder ao Senhor, para dizer “sim” a Ele com toda a sua vida”. “Então nos perguntemos: eu acredito que o importante, nas situações de cada dia como no caminho espiritual, é a fidelidade a Deus? E, se acredito nisso, encontro o tempo para ler o Evangelho, para rezar, participar na Eucaristia e receber o Perdão sacramental, para fazer algum gesto concreto de serviço gratuito? São essas pequenas escolhas decisivas para acolher a presença do Senhor.” “Que Maria Imaculada nos ajude a maravilhar-nos com os dons de Deus e a responder-lhe com a fiel generosidade de cada dia.” Fonte: VaticanNews

Em 7 de Dezembro de 1992, São João Paulo II apresentava, solenemente, o novo “Catecismo da Igreja Católica”

No dia 7 de dezembro de 1992, João Paulo II apresentava oficialmente o novo “Catecismo” aos fiéis de todo o mundo, uma possibilidade para conhecer melhor “a amplitude, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo”. Palavras que ressoam neste vídeo histórico e às quais o Papa Francisco se referiu de forma aprofundada em 2017, por ocasião do vigésimo quinto aniversário da sua promulgação. Em 7 de dezembro de 1992, São João Paulo II apresentava, solenemente, o novo “Catecismo da Igreja Católica”, explicando seu objetivo específico: “Ele expõe os conteúdos da fé, de modo coerente com a verdade bíblica, com a genuína tradição da Igreja e em particular com os ensinamentos do Concílio Vaticano II; põe em evidência o fundamento e essência do anúncio cristão, com o intuito de expor, mediante uma linguagem mais sensível às exigências do mundo de hoje, a perene verdade católica”. Obra presidida pelo cardeal Ratzinger O texto do “Catecismo da Igreja Católica”, um trabalho que durou seis anos, foi realizado sob a direção do cardeal Joseph Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, por uma Comissão de doze cardeais e bispos e uma Comissão editorial de sete bispos diocesanos, especialistas em teologia e catequese. Após uma consulta dos bispos, teólogos e exegetas do mundo inteiro, a Comissão redigiu um texto, ponto de referência para a transmissão da fé católica, dividido em três partes: “Profissão de Fé”, “Celebração da o mistério cristão”, “A vida em Cristo e Oração cristã”. Trata-se, segundo São João Paulo II, de “um verdadeiro dom, profundamente enraizado na Sagrada Escritura e na Tradição apostólica”, mas também “dirigido ao futuro e a todos, porque coloca ao centro Jesus Cristo, Senhor de todos”. Processo da publicação A ideia de estabelecer um “ponto de referência” do anúncio profético e catequético teve início em 1985, a pedido dos Padres Sinodais recebidos pelo Papa, por ocasião dos vinte anos da conclusão do Concílio Vaticano II. No ano seguinte, em 1986, iniciaram-se os trabalhos das Comissões sobre o texto, aprovado por São João Paulo II, em 25 de junho de 1992, promulgado na Constituição “Fidei depositum”, mas publicado, definitivamente, com a Carta Apostólica “Laetamur Magnopere”, em 15 de agosto de 1992. A fé, resposta significativa à experiência humana Vinte e cinco anos após a “Fidei depositum”, em 11 de outubro de 2017, o Papa Francisco recordou a importância do “Catecismo da Igreja Católica”, fruto do Concílio e do desejo de São João XXIII, “por sua capacidade de apresentar, com uma linguagem renovada, a beleza da fé em Jesus Cristo; um instrumento importante, não apenas porque apresenta aos cristãos os ensinamentos de todos os tempos, para crescer na compreensão da fé, mas também e, sobretudo, porque pretende aproximar os nossos contemporâneos, com os seus problemas novos e diversos, à santa Igreja, comprometida em apresentar a fé à existência humana, como resposta significativa, neste momento histórico particular”. Fonte: CNBBNE2 Com informações do VaticanNews

Dom Limacêdo Antônio é empossado Bispo da Diocese de Afogados da Ingazeira (PE)

A Diocese de Afogados da Ingazeira (PE) vivenciou, no último sábado (2), a posse do seu quinto bispo. Dom Limacêdo Antonio da Silva assumiu o governo da Igreja no Sertão do Pajeú sucedendo dom Egídio Bisol que renunciou ao cargo em 2022 após completar 75 anos. “O coração está alegre, feliz, graças a Deus. Quatorze anos, acho eu que foram bem vividos nesta diocese. E como eu recebi um dia do meu predecessor o báculo pastoral, agora vou passá-lo para outro para continuar a missão. A gente sabe que os ofícios passam, mas a missão continua”, declarou dom Egídio. Antes de formalizar a transmissão do cargo, o bispo emérito acolheu dom Limacêdo no centro de Afogados da Ingazeira junto com autoridades civis da cidade. O arcebispo de Olinda e Recife e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson, participou da cerimônia. Após receber simbolicamente a chave da cidade, dom Limacêdo seguiu em direção à Catedral Bom Senhor Jesus dos Remédios. No percurso, o novo pastor foi saudado por centenas de fiéis dos 19 municípios que compõem a Diocese de Afogados da Ingazeira. Em frente ao templo, dom Limacêdo recebeu o báculo e sentou na cátedra da diocese concluindo o rito de posse. Com os bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB, o religioso presidiu a primeira missa como bispo de Afogados da Ingazeira. “Sendo o quinto bispo desta diocese recordo aquele que foi o primeiro e que veio das terras de Nazaré [da Mata], dom Mota, um homem visionário que por amor a Deus aqui chegou se colocando à disposição. Tivemos depois o grande profeta dom Francisco de Austregésilo. Em seguida, dom Pepeu com a sua organização, trabalho e sabedoria. Estamos tendo ainda conosco, vou pedir que ele continue para me dar conselhos, dom Egídio pela sua capacidade missionária”, afirmou dom Limacedo em sua homilia.  Em nome dos bispos da CNBB Nordeste 2, o bispo eleito de Mossoró (RN) e presidente da entidade, dom Francisco de Sales, saudou dom Limacêdo pela nova missão e reforçou  a colegialidade como marca do Regional. “Como o senhor bem sabe a linguagem do nosso Regional é a da comunhão e da colegialidade que nos une olhando para 21 igrejas particulares espalhadas pelo Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e Alagoas. Penso que podemos pedir ao senhor que continue sempre unido a esta comunhão que esta Igreja particular de Afogados da Ingazeira tão presente em nosso Regional continue viva  e ativa entre nós”, disse dom Francisco. Trajetória Dom Limacêdo Antônio da Silva nasceu no dia 29 de setembro de 1960, em Nazaré da Mata, zona da mata pernambucana. Estudou Filosofia no Instituto Filosófico Estrela Missionária, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e Teologia na Escola Teológica São Bento de Olinda, em Olinda. Foi ordenado presbítero no dia 12 de dezembro de 1986, em Limoeiro (PE) e exerceu seu ministério sacerdotal na diocese de Nazaré da Mata. Possui mestrado em Dogmática na Universidade Pontifícia Gregoriana em Roma, na Itália (2001-2003), e doutorado em Dogmática pela Universidade Pontifícia Gregoriana em Roma (2004-2007). Sua tese de dissertação foi: “Inculturação e Missão da Igreja no Brasil: Teologia e práxis a partir das Diretrizes Gerais da CNBB”. Enquanto sacerdote, dom Limacêdo exerceu atividades na paróquia de Nossa Senhora da Apresentação em Limoeiro (PE). Como vigário paroquial, foi assessor da Juventude do Meio Popular, assessor da Infância Missionária e das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’S). Foi pároco da paróquia de São Sebastião, em Machados (PE), coordenador diocesano de Pastoral, assessor do COMIRE NE-II e membro do Conselho Pastoral. Em 2008, o então sacerdote auxiliou a paróquia do Divino Espírito Santo, na cidade de Paudalho e foi nomeado Assessor Pastoral dos Catadores de material reciclável. Dom Limacêdo foi professor de Eclesiologia no Seminário de Olinda e no ITEC, onde lecionou também sobre Missiologia, Penitência e Unção dos Enfermos. Recentemente, foi pároco da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Goiana, e pároco da paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Aliança. Em 4 de abril de 2018, foi nomeado pelo Papa Francisco como auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, tendo sido ordenado bispo em 10 de junho do mesmo ano, em Nazaré da Mata (PE). Seu lema episcopal é: “Verbum carum factum est”, (O verbo de Deus se fez carne). Atualmente, é referencial da Comissão Regional para Ação Sociotransformadora da CNBB Nordeste 2 e membro da mesma comissão em nível nacional. Foto de capa: Pascom Olinda e Recife Fonte: CNBBNE2

Avançam os Processos de Beatificação de Dom Vital e Dom Helder Camara na Santa Sé

A Igreja no Brasil, em especial o Regional Nordeste 2 da CNBB, celebra os mais recentes avanços nos processos de beatificação e canonização dos Servos de Deus dom Vital (1844-1878) e dom Helder Camara (1909-1999). Ambos, além de epíscopos – o primeiro pastor da Diocese de Olinda (PE) e o segundo da Arquidiocese de Olinda e Recife – foram em vida exemplos de cristãos e, por isso, caminham para o reconhecimento de suas virtudes. O Dicastério das Causas dos Santos comunicou, nesta sexta-feira (7), que nomeou o monsenhor espanhol Melchor José Sanchez de Toca y Alameda como relator da Positio do processo de dom Helder Camara. Este arquivo, que agora será elaborado, resume toda documentação já enviada pela arquidiocese e prova que o Servo de Deus viveu, em grau heróico, as Virtudes Teologais (Fé, Esperança e Caridade); b) Virtudes Cardeais (Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança); e as Virtudes de Estado Clerical (Pobreza, Humildade, Castidade e Obediência). O relatório também incluirá depoimentos de testemunhas (Summarium Testium), além de reunir os documentos mais relevantes de autoria de dom Helder ou produzidos sobre ele (Summarium Documentorum).  O processo de beatificação e canonização de dom Helder foi aberto pela Igreja pernambucana em 2014 e a fase arquidiocesana foi concluída em 2018. No ano passado, no encerramento do 18º Congresso Eucarístico Nacional, a Santa Sé anunciou a validação jurídica de todo o material enviado a Roma. O administrador Apostólico de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, comemora mais um passo dado para reconhecer a santidade de dom Helder. “Esse é nosso desejo, a declaração oficial da Igreja, pois conhecemos de perto as virtudes de dom Helder e o tomamos como modelo de santidade, na luta pela dignidade dos pobres, na vida de oração, na humildade e sabedoria”, afirmou. Dom Vital a um passo de se tornar Venerável A Topografia Vaticana deu início à impressão da Positio do processo de beatificação e canonização de dom Vital. A expectativa agora é que nos próximos dias o documento seja entregue aos membros das comissões romanas formada por historiadores, teólogos, bispos e cardeais. “A depender da agenda dessas comissões, é possível que o Papa Francisco declare dom Vital como Venerável. Daí restará apenas um milagre para a beatificação”, explicou o confrade e vice-postulador da causa de dom Vital, Frei Jociel Gomes. O processo de beatificação e canonização de dom Vital foi aberto oficialmente em 1953 e retomado em 1992. A fase diocesana foi encerrada em 2003 e a documentação enviada ao Vaticano. Na última terça-feira (4), a Igreja fez memória aos 145 anos de morte do religioso que foi o primeiro bispo capuchinho do Brasil. Oração pela Beatificação de dom Helder Camara “Ó Deus de amor e misericórdia, que destes à igreja o bispo dom Helder Camara, nós vos agradecemos pelo dom de sua vida e vos bendizemos por suas virtudes. Exercendo o seu ministério em favor da justiça e da paz, e dedicando sua missão à causa dos pobres, imitou o bom pastor que deu a vida por suas ovelhas. Vós que prometestes glorificar aqueles que vos servirem, dignai-vos glorifica-lo com a honra dos altares e, por sua intercessão, dai-nos a graça que vos suplicamos (menciona-se a graça em silêncio). Fazei que, seguindo o seu exemplo, possamos testemunhar o vosso amor e a vossa misericórdia, junto aos nossos irmãos e às nossas irmãs. Por nosso Ssenhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!” Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai. Oração pela Beatificação de dom Vital Ó eterno, Divino Pai, pelos merecimentos do vosso Unigênito, peço-vos glorifiqueis nesta terra o vosso servo Dom Frei Vital Maria, concedendo-me a graça que vos imploro na minha presente necessidade (menciona-se a graça em silêncio). Ó eterno, Divino Filho, pelos merecimentos da vossa paixão e morte, peço-vos glorifiqueis nesta terra o vosso servo Dom Frei Vital Maria, concedendo-me a graça que ardentemente desejo (menciona-se a graça em silêncio). Ó eterno, Divino Espírito Santo, pela vossa infinita caridade, peço-vos glorifiqueis nesta terra o vosso servo Dom Frei Vital Maria, concedendo-me a graça de que tanto necessito (menciona-se a graça em silêncio). Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai.

Igreja Concederá Indulgência Plenária no dia dos Avós e dos Idosos

A Penitenciaria Apostólica divulgou um decreto, nesta quarta-feira (5), em vista do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos que será celebrado no domingo 23 de julho. O objetivo do decreto, assinando pelo penitencieiro-mor, cardeal Mauro Piacenza, e pelo regente, mons. Krzysztof Nykiel, é “aumentar a devoção dos fiéis e obter a salvação das almas, em virtude das faculdades que lhe foram atribuídas pelo Sumo Pontífice Papa Francisco pela Providência Divina”. Aceitando o recente pedido apresentado pelo prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Joseph Farrell, em vista do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a Penitenciaria Apostólica “concede a Indulgência Plenária dos tesouros celestiais da Igreja, nas condições habituais de confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice, aos avós, idosos e a todos os fiéis que, movidos pelo verdadeiro espírito de penitência e caridade, participarão no dia 23 de julho, por ocasião do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, da celebração solene que o Papa Francisco presidirá na Basílica de São Pedro, ou de várias funções que serão realizadas em todo o mundo. A Indulgência plenária também poderá ser aplicada como sufrágio às almas do purgatório”. O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos foi instituído pelo Papa Francisco em 2021. É celebrado anualmente no quarto domingo do mês de julho. Este ano tem como tema “De geração em geração, a sua misericórdia”. “Este Tribunal de Misericórdia concede também neste mesmo dia a Indulgência Plenária aos fiéis que dedicarem tempo para visitar pessoalmente ou virtualmente, através dos meios de comunicação, os irmãos idosos necessitados ou em dificuldade (como os doentes, abandonados, os deficientes…)”, ressalta ainda o decreto da Penitenciaria Apostólica. Poderão obter também a Indulgência Plenária, “sob a condição de distância de todos os pecados e da intenção de cumprir as três condições habituais o mais rápido possível, os idosos doentes e todos aqueles que, impossibilitados de deixar suas casas por um motivo grave, se unirão espiritualmente às funções sagradas da Jornada Mundial da Juventude, oferecendo ao Deus Misericordioso suas orações, suas dores e os sofrimentos de suas vidas, especialmente enquanto as palavras do Sumo Pontífice e as várias celebrações forem transmitidas pelos meios de comunicação”. Portanto, para que esta oportunidade de obter a graça divina através do poder das Chaves da Igreja seja facilmente alcançada através da caridade pastoral, esta Penitenciaria pede firmemente aos sacerdotes, dotados das faculdades adequadas para ouvir confissões, que se coloquem à disposição, com espírito pronto e generoso, da celebração do Sacramento da Penitência. Fonte: Vatican News